quinta-feira, julho 26, 2012

Anabela Chipenda nas Memórias Africanas, com Paulo Salvador

Anabela é o exemplo do que foi o sofrimento do povo angolano com a guerra civil que se seguiu à independência. Aos cinco anos, longe da mãe, incia uma dramática fuga pelo mato angolano para escapar à guerra. Ela e irmã gémea e a avó. Foi maltratada, escorraçada por outras crianças pelo simples facto de ser mulata, ter tido um pai branco. Andaram vários anos em fuga. Para sobreviver chegou a comer pele de batuqes, morcegos, larvas e insectos. Assistiu aos massacres, escapou dos massacres, quer da Unita quer do MPLA. Por várias vezes achou que ia morrer.Felizmente sobreviveu e aceitou partilhar as suas memórias africanas.


segunda-feira, julho 16, 2012

Mário Beja Santos nas Memórias Africanas, com Paulo Salvador

14 de Julho de 2012. Convidado: Beja Santos (ouvir)
Quantas vezes não o vimos, há muitos anos, a falar sobre os direitos dos consumidores. Na RTP apresentou os programas "10 Milhões de Consumidores” e “Come e Cala”. A sua vida ficou fortemente marcada por África e pela Guiné, onde esteve a cumprir serviço militar.
Ele esteve colocado na Guiné numa comissão militar e essa experiência acaabaria por marcá-lo para sempre. Sobre esses anos já escreveu vários livros, “Viagem do Tangomau”, “Adeus até ao meu regresso”, “ Diários da Guiné 1969-1970”, "Mulher Grande", entre outros. Será que a guerra nos leva aos nossos limites ou ensina a ultrapassá-los? Ambas as coisas, diz Beja Santos. As memórias do que morreram junto de si, dos preconceitos no teatro de guerra, do regresso a Portugal, de tudo se fala numa conversa em que se recua aos tempos em que, criança, brincava com caixões...histórias por desvendarsua memória de Angola é lido com grande emoção. Uma conversa com surpresas e sentimentos

quarta-feira, julho 11, 2012

Nicolau Santos nas Memórias Africanas, com Paulo Salvador

07 de Julho de 2012. Convidado:Nicolau Santos(ouvir)

H
oje ele é um dos mais respeitados jornalistas portugueses, pertence à direcção do Expresso. Mas Nicolau é um kamundongo que cresceu nas ruas de Luanda. Desde adolescente que escrevia poemas, mas só quase 40 anos depois é que os passou a livro. Já lá vão duas obras, a última das quais "Sabor a Pitanga num país que não existe". As guerras partidária
s em 75 empurram-no para fora de Angola. As ilusões deram lugar a uma outra realidade com que aprendeu a viver. Hoje pensa e sente Angola, mas de consciência plena de que aquele sabor de Pitanga, já não existe. Um inesquecível poema da sua autoria retrata tudo o que representa a sua memória de Angola é lido com grande emoção. Uma conversa com surpresas e sentimentos.

domingo, julho 01, 2012

Bernardino Gonçalves nas Memórias Africanas, com Paulo Salvador

23 de Junho de 2012. Convidado:Bernardino Gonçalves (ouvir)
Um homem que partiu das Beiras para Angola. Seguiu o pai pelo país. Trabalhou na Fazenda.Fez-se médico mas nunca esqueceu os seus tempos de liceu. Ele fez parte da geração de 50 no Salvador Correia, em Luanda. Passadas quase seis décadas resolveu passar a escrito todas as suas memórias desse tempo a que chamou "Crónicas de Trásantonte". Uma conversa ao sabor do tempo.

26 de Janeiro de 2013. Convidado: Brazão Mazula Ele é Conselheiro de Estado do Governo moçambicano, ex-presidente da Comissão Nacional de...