José Eduardo Agualusa, nas Memórias Africanas, Rádio Sim, Paulo Salvador
Um filho do Huambo que cresceu para o mundo pela escrita. Apesar das raízes familiares angolanas e brasileiras, foi pela mão de uma peça de teatro encenada pela mãe, em Nova lisboa que descobriu o Brasil e a arte de Chico Buarque. Um homem que sonha os livros que depois escreve. Um angolano vaidoso e dividido entre Portugal, Angola, Brasil e o resto do mundo. Curiosamente é um homem escreve e toma notas , para não se esquecer. Às vezes até estranha as coisas que já escreveu. Ainda assim, muitas e boas memórias partilhadas numa conversa sem pressas.
3 comentários:
Gostei muito da entrevista. Porém, a falta de memória que Agualusa diz ter, aflige-me. Eu nada tenho mas tenho tudo. Tenho memórias, boas e más (que, como as primeiras, fazem parte da vida) e, por isso, tenho toda a riqueza. Espero poder tê-las até ao fim ... O que seria do Agualusa se, como ele, não tivéssemos memória e esquecêssemos os seus livros? Nem sei se acredite, ou não, que ele é desmemoriado ...
Enfim ...
Parabéns pelo programa. Acompanho-o semanalmente e há, realmente, entrevistas muito interessantes ...
Agradeço-lhe e felicito-o.
Obrigado pelo seu comentário
O progama é bom e oportuno. O Paulo Salvador fez também um trabalho notável de recolha de dados, memórias,fotos, descrições de toda uma obra e um tempo. Estão nos seus Livros Recordar Angola. Eu tenho 1 volume e vou adquirir o outro. Ali encontro as pessoas e as memórias de amigos. Quem não se lembra do Congo ou do Xico Bamba? e tantos outros! O Agualusa saíu com 15 anos, talvez as memórias não sejam tantas, mas está a fazer um percurso notável como escritor e já fala da sua terra com muita propriedade!
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