terça-feira, setembro 14, 2010

25 de Setembro de 2010. Convidado: João Sena (ouvir)



O tenente-coronel João Sena nasceu na Meimoa (Beira-Baixa), tendo crescido, estudado e vivido durante toda a sua infância, juventude e mocidade, no Fundão. Durante 10 anos comandou tropas em combate em Angola e Moçambique. Após o 25 de Abril a estrutura militar prendeu-o na Madeira. Mais tarde andou por Espanha, Rodésia, China, Argentina e Macau, até que conseguiu regressar a Portugal. Hoje está reformado e a viver em Lisboa, onde vai escrevendo histórias e livros. Ele é o "Caçador de Brumas" e garante que África de que fala só existe na sua cabeça, é uma utopia


18 de Setembro de 2010. Convidado: Jardo Muekalia (ouvir)



Nasceu em Citalela, Mungo, zona do planalto do Huambo. Filho de um professor e pastor evangélico, ainda uma criança juntou-se a um dos movimentos políticos angolanos e foi para o mato para combater.Foi representante da da UNITA em Londres e Whashington. Participou nas negociaçoes de paz e nas reuniões que preparam a guerra. Uma conversa sobre os bastidores da história recente de Angola contada por quem participou no processo histórico. Autor da obra "Angola: a segunda revolução, memórias da luta pela democracia"


11 de Setembro de 2010. Convidado: Óscar Cardoso (ouvir)



Óscar Aníbal Piçarra de Castro Cardoso é o homem que a 25 de Abril de 1974 era Inspector-Adjunto da Pide-DGS e responsável pelos serviços de informação em Angola e Moçambique.Nasceu em Lisboa, a 10 de Junho de 1935. Pertenceu à Mocidade Portuguesa, Legião Portuguesa, GNR e Exército. Foi ele que criou os Flechas, no Sul de Angola. Atribuiem-lhe mortes e torturas ao serviço da Pide, mas ironicamente em 1992 foi-lhe atribuída uma pensão vitalícia por serviços distintos prestados à Pátria

2 comentários:

LONGE É A LUA, MEMÓRIAS DE LUANDA - ANGOLA , de Rogéria Gillemans disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Rogéria Gillemans

Ouvi a entrevista feita ao senhor Oscar Cardoso, pensei se deveria ou não fazer este comentário às suas palavras...
Resolvi fazer, porque existiam duas situações distintas para Angola:
Uma:
-Era ser-se de Angola.
Outra :
- Era estar em Angola.
Ao que ouvi tenho pontos a rebater, que não posso calar em nome da verdade!
Sobre a qualificação da palavra “preto e negro”:
- Se tivermos em conta que a palavra “preto” existe e só no vocabulário português e a palavra negro é a qualificação de uma raça em todas as línguas.
E se existia palavra que os negros odiavam era precisamente a palavra “preto”, desde criança via revolta no olhar de um negro fosse qual fosse a sua idade ao chamarem-lhe “preto” que eles entendiam como uma palavra pejorativa, inferior e ouvia as crianças negras dizerem:
- Eu sou preto?!
E tu és o quê?
Tu não és branco, branco é papel, e preto é carvão.
Aos que são verdadeiramente de Angola, que digam se assim era, ou não!
Sobre os terroristas do MPLA se entregarem com armas e bagagem era uma realidade, mas não eram hás centenas, isso dá a entender que eles seriam aos milhares e milhares.
Eram dezenas, em que muitos deles eram recebidos por um familiar meu, e com esses ex-terroristas foi formada a tropa especial G’es.
Sobre a UNITA, estar a começar a guerrilha a sul de Angola.
Os elementos, poucos, dos aderentes como guerrilheiros ou terroristas da UNITA viviam escondidos da população africana, para fuzirem á sua fúria e esporádicamente surgiam da mata para logo voltarem à mata.
Jonas Malheiro Savimbe era amigo pessoal de alguns dos meus familiares, no Natal de 1974, uma Empresa em Luanda da qual o meu mardo era sócio foi a primeira empresa em Angola a fornecer ajuda à UNITA, económica e material, como fornecimento de fardamento militar e botas, comprados a fabricas de fardamentos militares na Metrópole, para vestir e calçar os guerrilheiros, bem como alimentação.
Motivo porque os sócios da Empresa constavam de uma lista negra do MPLA, e o filho mais velho do meu padrinho foi preso pelo MPLA, DISA, e levado para a Tourada em Luanda
Já na Metrópole Jonas Malheiro Savimbe passava férias como convidado de honra numa quinta de propriedade de um destes meus familiares no Norte do país, uma amizade que levou desde então o filho mais velho a Deputado da UNITA, até hoje, e residente em Luanda.
Sobre a pensão vitalícia do senhor Óscar Cardoso sempre nos deixou surpreendidos, pela razão que centenas de Inspectores da DGS ou PIDE, vivem com pensões de 400 euros, mês.
Vamos lá perceber as razões, seria pela cor dos olhos?
Sim, porque o serviço prestado à Pátria era o mesmo!
Fosse nas sua províncias Ultramarinas ou na Metrópole.

Rogéria Gillemans

26 de Janeiro de 2013. Convidado: Brazão Mazula Ele é Conselheiro de Estado do Governo moçambicano, ex-presidente da Comissão Nacional de...